07/08/12 | Mariana Borges - Assessoria de Imprensa - SAP

Móveis que encantam e ajudam na recuperação

Pacientes do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté fazem mobiliário para as unidades femininas da SAP

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Móveis são produzidos a partir do reaproveitamento de pallets

Laborterapia com alto nível de fofura. O mobiliário feito pelos pacientes do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) de Taubaté chama a atenção pela delicadeza e qualidade das peças. A oficina Dospre – uma variação da grife Daspre, da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) – instalada no HCTP desde março deste ano já rendeu frutos: os produtos desenvolvidos foram colocados na Penitenciária Feminina de Pirajuí e encantaram os presentes na inauguração da unidade, ocorrida no último dia 13/07. O mobiliário compõe a brinquedoteca, videoteca, creche, ala de amamentação e demais espaços que atendem às especificidades da mulher presa. Tudo é produzido através do reaproveitamento de pallets, sendo artigos ambientalmente sustentáveis.

Compõem a oficina 18 pacientes: 12 principiantes e seis artesãos. Estes últimos foram certificados pela Superintendência do Trabalho Artesanal na Comunidade (Sutaco). O monitor que ministra as aulas também é um paciente, artesão cadastrado e certificado pela Sutaco desde 30/06/2011. Tudo é acompanhado de perto pelo diretor de trabalho do HCTP, João Carlos Ferreira e pelo servidor Roger William Gonçalves, agente de segurança da unidade com conhecimentos técnicos na área de marcenaria. O trabalho, que conta com o apoio do diretor Adriano César Maldonado, e da Funap, acontece nas dependências da hospital, que tem uma oficina de marcenaria preparada e com toda infraestrutura. O paciente artesão responsável pelas aulas recebe 3/4 do salário mínimo, R$ 466,50. Já os participantes recebem bolsa auxílio no valor de R$ 233,25.

Segundo a Rosália Maria Andreucci, chefe de gabinete da Funap, o trabalho da oficina de marcenaria do HCTP de Taubaté é “um exemplo do que é desenvolvido no sistema penitenciário paulista. E acrescenta que “a Região do Vale é riquíssima em servidores e colaboradores que acreditam na recuperação da pessoa privada de liberdade, não medindo esforços para executar projetos e programas cuja finalidade é propiciar novas oportunidades”, elogia.