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29/11/21 | Daisyane Mendes - Corevali  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Detentas da Penitenciária Feminina I de Tremembé participam de treinamento sobre inteligência emocional

Programa trabalha diferentes pilares da vida, entre eles finanças, carreira, performance das emoções, saúde e relacionamentos.

A Penitenciária Feminina I “Santa Maria Eufrásia Pelletier” de Tremembé recebeu, de 28 a 31 de outubro, um treinamento especial do método Coaching Integral Sistêmico (CIS), voltado para o desenvolvimento pessoal e conquista de objetivos por meio da inteligência emocional. Participaram da iniciativa 53 presas do regime semiaberto que, da unidade prisional, acompanharam em tempo real o evento que foi transmitido ao vivo, diretamente de São Paulo.

Ao longo dos quatro dias de imersão, as detentas puderam assistir ao programa de inteligência emocional que visa trabalhar diferentes pilares da vida, entre eles finanças, carreira, performance das emoções, saúde e relacionamentos.

A ação inovadora no sistema carcerário da região chegou à unidade prisional por meio do Poder Judiciário e do Conselho da Comunidade de Taubaté. A empresária Isabella Querido Severo, que já participou presencialmente de uma formação em São Paulo, conta que o treinamento incentiva a divulgação do chamado método CIS em todos os ambientes (empresariais, familiares, etc). “Fiz esse mesmo curso na modalidade presencial e lá mesmo surgiu a ideia de trazer essa ação para os presídios. Em contato com a magistrada Sueli Zeraik e com o Conselho da Comunidade foi possível tornar esse desejo uma realidade”, conta Isabella. “Essa imersão fala da intensidade correta das emoções e sentimentos. Muitas vezes, por falta de inteligência emocional, cometemos erros. Por isso essa experiência é tão importante, pois mudamos nossa percepção de mundo”, explica a empresária.

A Diretora da Penitenciária Feminina I de Tremembé, Ludimila Martins Pombo Albanese, relata que as reeducandas foram participativas e engajadas no projeto, mostrando satisfação e entusiasmo pela oportunidade de transformação pessoal. “Ao se verem envolvidas com outros grupos da sociedade, elas se sentem humanamente valorizadas e acreditam na possibilidade de um recomeço. Ações desta natureza são fundamentais no processo de ressocialização, pois resgatam a autoestima e desenvolvem o autoconhecimento”, diz Ludimila.

Ministrado pelo coach Paulo Vieira, o evento objetivou alavancar a capacidade de gerenciar emoções e comunicações, reprogramando crenças por meio da criação de novas memórias e sinapses neurais.

“Toda iniciativa que represente uma mudança de vida sempre vai contar com o meu apoio. Acredito que esse momento possa ser a chave dessa transformação para o melhor. A intenção é levar esse conteúdo para outras unidades, priorizando o regime semiaberto, que conta com pessoas que já estão a um passo da liberdade e ao retorno do convívio social”, afirma a juíza Sueli Zeraik, do Departamento Estadual das Execuções Criminais (Deecrim)/9ª Região Administrativa Judiciária (RAJ).

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