06/12/21 | Patrícia de Freitas - CRSC  |  Compartilhe                    

“Projeto Reeducandos” permite a prestação de serviços na Coordenadoria de Reintegração Social

Projeto estava suspenso devido à pandemia de Coronavírus

Há muitos anos os diversos setores da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) contam com a prestação de serviços de presas e presos no dia a dia. A Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC) recebe o apoio doe sentenciados desde o seu início, em 2009.

O “Projeto Reeducandos da CRSC” visa reintegrar sentenciados à sociedade e contribuir para que tenham experiência profissional por meio de diferentes atividades no ambiente administrativo.

Por processo seletivo, os presos se candidatam e realizam uma prova (com questões semelhantes ao Enem) na unidade. Aqueles que garantirem os melhores resultados passam por uma entrevista para falar também sobre suas experiências e conhecimentos que podem agregar ao ambiente de trabalho e, assim, podem trabalhar na CRSC.

Sem distinção de gênero, os admitidos saem da unidade prisional com monitoração eletrônico por volta das 6h, se deslocam até o serviço e depois retornam para a unidade por volta das 18h. Ganham um salário mensal que fica disponível para movimentação diretamente na unidade.

Por conta da pandemia, os serviços estavam suspensos e, diante da volta gradual da rotina e com a vacina em dia, o projeto será retomado ainda este ano. A previsão é de que 40 sentenciados comecem a trabalhar na área administrativa.

Além disso, aqueles que quiserem poderão realizar um curso EAD na CRSC de informática com 100 horas/aula, com certificação através do Centro Paula Souza - isso contribui para qualificação profissional e remição da pena.

Antes da chegada dos reeducandos, o GCAE/CRSC realizou uma reunião com todos os servidores no início de novembro para anunciar a retomada do projeto e a importância da ação, trazendo as orientações, regras e informações pertinentes para recebem pessoas privadas de liberdade. Na reunião, a Coordenadora Substituta – Carolina Passos Branquinho Maracaja da Silva, ressaltou em sua fala que a missão da SAP vai além de custodiar os reeducandos e fazer cumprir a execução penal. Segundo ela, deve-se promover meios de reintegração social.

“Precisamos levar em consideração que essas pessoas que vamos receber são pessoas humanas como nós, com uma diferença apenas, estão restritas de suas liberdades e estão no regime semiaberto o que significa que estão retomando paulatinamente suas liberdades e integrações à sociedade. Temos que recebê-los com respeito e dignidade, mas, ao mesmo tempo, entendermos que ainda estão cumprindo suas penas e assim como todos nós devem seguir regras”.

Os servidores poderão aplicar diariamente ações que reintegram essas pessoas para que a rotina do dia a dia e o convívio com os reeducandos sejam harmoniosos e com benéfico para ambas as partes, onde se sintam acolhidos e motivados a trabalharem quando em liberdade, além de darem continuidade nesse processo de aprendizado pessoal e profissional.