10/08/23 | Marcus Liborio - CRN  | 
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Doação de 166 peças é resultado de uma parceria entre a concessionária ViaRondon e a unidade prisional
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Da esq. para dir. - Lúcia Rosim, Fabio Abritta, Suéllen Rosim, e os representantes da SAP Olavo Rocha, João Collela e Alex Souza
A parceria entre a concessionária ViaRondon e a Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiroz” de Pirajuí rendeu mais uma doação de agasalhos. Desta vez, para o Fundo Social de Solidariedade de Bauru. Este é o segundo ano consecutivo da ação, que consiste na adaptação dos uniformes dos colaboradores da empresa. Ao invés de serem descartados após o tempo de uso, os trajes são entregues para a unidade prisional, onde passam por adaptação feita por reeducandos com experiência na área de costura.
Ao todo, 166 peças, entre calças, jaquetas, blazers e toucas, foram entregues ao Poder Executivo de Bauru, que dará a destinação final às vestimentas. A entrega contou com as presenças da prefeita Suéllen Rosim e da presidente do Fundo Social, Lúcia Rosim. Em 2022, a doação foi feita ao município de Pirajuí e a proposta é que uma nova remessa seja destinada a outra cidade da região, ainda neste mês.
“As doações de agasalho são uma das formas mais significativas de auxiliar as pessoas em situação de vulnerabilidade. Essas iniciativas não apenas demonstram nossa responsabilidade social corporativa, mas também refletem nossos valores fundamentais de empatia, solidariedade e cuidado com o próximo”, ressalta o diretor de Relações Institucionais da ViaRondon, Fabio Abritta.
DESTINAÇÃO
Em Bauru, os agasalhos serão doados para as famílias dos bairros Piquete 1 e 2, conforme explicou a presidente do Fundo Social de Solidariedade. “São regiões onde vivem pessoas vulneráveis. Essa parceria veio no momento certo, pois irá potencializar as doações que a gente está recebendo e ajudar as pessoas que realmente precisam”, enfatiza Lúcia Rosim.
As peças são destinadas pela equipe da concessionária e, por meio do trabalho dos reclusos, é realizada a descaracterização e pequenos reparos nos uniformes. Após esse processo, as roupas são higienizadas e embaladas antes da destinação final. Os presos envolvidos no projeto têm remição de pena - a cada três dias trabalhados é descontado um dia da condenação.
“Essa parceria é fundamental para a sobrevivência humana. Nos convida a ir além do nosso próprio interesse, para contemplar o outro, com gestos de empatia, acolhimento e doação. Contribui muito no processo de ressocialização dos privados de liberdade. Entendo que, juntos, conseguimos suportar as adversidades, sem medo”, destaca o diretor do Centro de Trabalho e Educação (CTE) da Penitenciária I de Pirajuí, João André Collela.
‘ORGULHO’
““Me orgulho de poder contribuir, por meio do meu conhecimento como costureiro, para ajudar quem necessita. Embora preso, me sinto útil e feliz em saber que algumas pessoas vão estar aquecidas nos dias mais frios”, destaca um dos reeducandos que participa do projeto. “Estar envolvido nessa ação me fez entender e perceber como é bom poder ajudar o próximo”, complementa outro detento.