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23/04/24 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

ONGs promovem atendimentos complementares de saúde em presídios da capital

Ação ofertou consultas e exames

Unidades prisionais, a exemplo do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de São Miguel Paulista e do Centro de Detenção Provisória (CDP) II “ASP Willians Nogueira Benjamin” de Pinheiros, contaram com atendimentos complementares de saúde por parte de Organizações Não Governamentais (ONGs) que contribuem para o tratamento digno aos reclusos do sistema prisional paulista.

Os estabelecimentos prisionais fazem parte da Coordenadoria de Unidade prisionais da Região Metropolitana de São Paulo. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) tem suas portas abertas para o incremento de ações de saúde no sistema prisional.

O CPP de São Miguel Paulista fez parceria com a ONG Boas Energias Mudam o Mundo (Bemm) e com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da região. A ação ocorreu no final do mês de março.

Na ocasião, foram realizados 40 atendimentos em clínica médica, gastroclínica, infectologia e ginecologia. Na área de psicologia, 8 reclusas foram atendidas. Paralelamente a isso, o Centro de Testagem fez 56 coletas de Papanicolau e testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites, além de orientações sobre prevenção de contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

Nessa força-tarefa estiveram envolvidos 25 voluntários do Bemm e 6 funcionários do CTA. A expectativa é que novas atividades ocorram dentro de dois meses.

Para a diretora do Núcleo Saúde do CPP, Amanda Regonha, a atividade realizada foi muito importante. Segundo ela, essa iniciativa possibilitou que pacientes que aguardavam em lista de espera fossem atendidas por profissionais especializados.

Quanto à testagem de IST's, a servidora relatou que a ação serviu, num primeiro momento, para conscientização sobre as formas de contágio, métodos de prevenção, tornando as participantes agentes replicadoras de conhecimento junto à população prisional da unidade.

Outro ponto importante destacado pela diretora foi a quebra de rotina que uma atividade dessa dimensão proporciona, sobretudo pela forma humanizada do atendimento prestado às reclusas do CPP.

Sementes da Saúde

No CDP de Pinheiros II, as atividades complementares ficaram a cargo da ONG Sementes da Saúde. Os atendimentos médicos ocorreram dentro do ambiente carcerário e abrangeram 84 custodiados.

O diretor geral do CDP, André Luis Santini Bisterso, destacou a importância do trabalho da ONG dentro do contexto de execução penal digna. “O cuidado com a saúde física e mental dos indivíduos privados de liberdade está diretamente ligada à sua reintegração à sociedade e ao processo de ressocialização”, afirmou.

Referindo-se ao poder transformador da solidariedade e da cooperação, Bisterso mostrou-se agradecido aos profissionais envolvidos na ação. Para ele, iniciativas como essas, que visam promover o bem-estar das pessoas que cumprem penas, contribui para um sistema penal mais humano e justo.

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