Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

07/06/24 | Caio Daniel - CRN  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Orquestra de reeducandos se apresenta na reunião do Programa Semear

Grupo de instrumentistas da Penitenciária de Taquarituba exibiu talento e dedicação em duas interpretações musicais

Uma apresentação especial da orquestra de internos da Penitenciária de Taquarituba coroou a reunião mensal do Sistema Estadual de Métodos para Execução Penal e Adaptação do Recuperando (Semear), realizada dia 22 de maio, na sede do Palácio da Justiça, em São Paulo.

De forma virtual, um grupo com 11 reeducandos exibiu duas canções: Asa Branca, de Luiz Gonzaga, e Prelúdio da Liberdade, de autoria dos próprios artistas. O projeto “Tocando em Frente” ensina, desde 2021, instrumentos de corda como violoncelo, violino e viola com arco aos presos da unidade prisional.

A iniciativa partiu de dois Policiais Penais que estruturaram um plano de ensino e, com a auxílio do Instituto Ação pela Paz e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), conseguiram os itens para o início das aulas.

De acordo com os servidores José Veiga e Nilton César de Almeida, mais de 100 reclusos da penitenciária já foram capacitados por meio do curso de música. “Os reeducandos aprendem teoria e interpretação musical, leitura de partituras e prática de instrumentos; tudo isso para mostrar que eles são capazes e que podem ser tornar artistas profissionais”, explicam.

O curso possui uma carga horária de 84 horas/aula, e oferece certificado, remição de pena e benefícios cognitivos como melhoria na coordenação motora, aumento da capacidade de concentração, redução do estresse e desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe.

Presente na reunião, o desembargador e gestor do Semear, Luiz Antonio Cardoso, parabenizou os participantes do “Tocando em Frente” e enalteceu a ação. Já o coordenador das Unidades Prisionais da Região Noroeste (CRN), Jean Ulisses Campos Carlucci, que participou do evento de forma remota, salientou, em sua fala, que a iniciativa só acontece por conta da união de esforços dos funcionários do estabelecimento penal e de instituições parceiras como o Ação Pela Paz.

Além deles, outras autoridades participaram do encontro, como o presidente do Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo (Copen), Leandro Lanzelloti de Moraes, a diretora executiva do Ação Pela Paz, Solange Senese, o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Gilberto Leme Marcos Garcia, e de magistrados dos tribunais de Justiça de Minas Gerais, do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo e representantes do Ministério Público do Mato Grosso.

Outras entidades presentes no evento: Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC) da SAP, Grupos Regionais de Ações de Trabalho e Educação (Grates) da SAP, Secretaria da Segurança Pública (SSP), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselhos da Comunidade, entre outros.

Semear

O Semear foi criado em 2014 por meio do provimento da Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo e tem como parceiros a SAP e o Instituto Ação Pela Paz. O programa busca maior efetividade na recuperação das pessoas privadas de liberdade, egressas do sistema prisional e suas famílias.

A partir da articulação com a sociedade civil, prefeituras e entidades parceiras, a iniciativa promove a ressocialização de sentenciados que cumprem pena de prisão no Estado de São Paulo, com atividades educacionais e laborativas, bem como um conjunto de ações articuladas para melhor aparelhar o cumprimento da pena, permitindo o funcionamento de estruturas que ofereçam opções de trabalho e ensino para o recuperando, de forma a evitar a reincidência e seu reingresso no sistema carcerário.

aasassa
Topo