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21/06/24 | Augusto Biason - CRSC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Prestadores de serviço auxiliam em campanha humanitária para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul

Trabalho reúne esforços de apenados e voluntários na triagem e distribuição de doações no Fundo Social de São Paulo

Prestadores de serviço à comunidade, encaminhados pela Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), vinculada à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), estão contribuindo na campanha humanitária do Fundo Social de São Paulo em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Desde o início de maio, esses prestadores têm atuado na triagem de roupas, separação de itens de higiene e limpeza, organização de alimentos, além do carregamento e descarregamento de caminhões que transportam os donativos. A colaboração desses prestadores é coordenada em conjunto com voluntários regulares, somando esforços para garantir a distribuição eficiente dos recursos arrecadados.

Satisfação em ajudar

Márcio*, um dos prestadores de serviço, ficou um pouco impressionado com a quantidade de materiais que foram doados. “É legal observar como o nosso povo é bem solidário nesses momentos de crise. Eu realmente fiquei muito impressionado e, ao mesmo tempo, muito feliz em saber que a gente consegue se mobilizar em grandes proporções quando acontece uma tragédia desse tipo. Isso que é fundamental”. Ele destacou a diversidade dos itens recebidos, incluindo roupas, alimentos e até casinhas para pets.

O prestador, que está auxiliando os trabalhos há duas semanas, relatou o cansaço físico, mas também a satisfação de ajudar. "É muito cansativo, porque a gente carrega muito peso, tem muito caminhão que chega para descarregar e carregar. Mas ele é engrandecedor, porque ao mesmo tempo que você está ali exaustivamente trabalhando, você sabe que você está cumprindo uma missão que vai de alguma forma ajudar milhares”, observa Márcio.

A solidariedade demonstrada pela população surpreendeu Márcio. “Eu sei que existem essas manifestações de ajuda, mas eu jamais imaginaria que que seria uma proporção assim, nesse nível. Isso aqui é enorme, é gigantesco. Não só o fato das doações, mas da quantidade de pessoas estão contribuindo para a gente poder fazer essa triagem”, destaca o prestador de serviços comunitários, reconhecendo o esforço de todos os envolvidos na cadeia de distribuição.

Para ele, apesar do esforço físico, contribuir com a ajuda ao povo gaúcho o faz se sentir bem. “Eu estou muito feliz de poder contribuir. Me sinto bem mesmo. Enquanto eu puder, eu vou ajudar, até os braços aguentarem. Mas é isso aí, vale a pena”, completa Marcelo.

Para Sônia*, outra prestadora de serviços que está auxiliando na triagem das doações, poder ajudar na campanha humanitária é envolvente. “É gratificante quando você começa a ajudar e vê o tanto de coisa que tem para fazer, não dá vontade de parar. A necessidade do pessoal é muito grande. Tudo o que passa por aqui com certeza vai ter um valor para eles começarem a recuperar, porque perderam tudo, perderam a vida, a história, família”, pontua.

A prestadora, que já tem experiência em voluntariado, destacou a importância da ação, especialmente em situações de emergência. “Não dá cansaço, não dá sono, não dá nada, porque a gente sabe que tem gente do lado de lá esperando. É muito gratificante saber que você pode, ainda que de longe, contribuir, ajudando da forma que dá”.

Até o momento, foram enviadas 101 carretas para o Rio Grande do Sul, totalizando mais de 1,5 milhão de toneladas de ajuda humanitária. Desde o início da campanha, 12 prestadores de serviço à comunidade já participaram das atividades no depósito do Fundo Social.

A Coordenadora de Reintegração Social e Cidadania, Carolina Passos Branquinho Maracajá, destacou a importância da prestação de serviço à comunidade como uma medida educativa que busca promover a responsabilidade social e o desenvolvimento pessoal. “A participação dos prestadores na triagem das doações destinadas as vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul desempenha um papel fundamental na eficácia da ajuda humanitária, reforça o sentido de comunidade e de apoio mútuo”, enfatiza.

“Estamos formando cidadãos mais conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo. A ação não alivia apenas o sofrimento imediato dos necessitados, mas também planta sementes de solidariedade e responsabilidade social duradouras”, completa a Coordenadora.

O Fundo Social de São Paulo agradeceu a SAP pela parceria e envio dos prestadores de serviço. “A colaboração de todos é fundamental para a eficácia das ações de ajuda humanitária, garantindo que os recursos cheguem rapidamente a quem mais precisa”, destacou Cristina Prado, chefe de gabinete do órgão.

A campanha humanitária continua recebendo doações e voluntários para manter o fluxo de ajuda às áreas afetadas. O trabalho conjunto entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), diferentes setores do governo e a sociedade civil tem sido essencial para o sucesso das operações de socorro.

Prestação de Serviço

A Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) é uma medida alternativa à pena privativa de liberdade, onde o apenado presta serviços gratuitos à sociedade, em instituições públicas ou entidades assistenciais. As Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMAs) são responsáveis pelo encaminhamento desses prestadores, contribuindo para a reintegração social dos indivíduos e para o benefício da comunidade.

Por meio da PSC, é possível promover a reintegração dos apenados, realizando trabalhos de acordo com suas habilidades e profissões, ao mesmo tempo que se atende às necessidades da comunidade.

* Os nomes foram alterados a pedido dos prestadores de serviço à comunidade.

aasassa
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