Samuel Bruni - CEPRCENTRAL
Pelo segundo ano consecutivo, o Grupo Coração Profundo (Deep Heart) se apresentou em estabelecimentos penais da Coordenadoria de Execução Penal da Região Central. Em uma ação conjunta com a Polícia Penal do Estado de São Paulo e a Funap (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel), o grupo realizou apresentações no Centro de Progressão Penitenciária de Hortolândia, na Penitenciária de Iperó e no Centro de Progressão Penitenciária de Porto Feliz.
A iniciativa faz parte de um projeto internacional que, há mais de 15 anos, leva música, arte e mensagens de esperança a centros de detenção em diversos países. Com uma abordagem inovadora e profundamente humanizada, o grupo já passou por mais de 400 unidades prisionais ao redor do mundo, oferecendo uma experiência única aos reeducandos.
Voltado especialmente às pessoas privadas de liberdade, o projeto reconhece as realidades adversas enfrentadas por muitos encarcerados — como histórias marcadas por abandono, abuso, negligência ou desestrutura familiar. Mas, sobretudo, olha para o futuro: os presos retornarão à sociedade, a preparação para esse recomeço é essencial para a redução da reincidência criminal e a construção de uma convivência social mais justa e segura.
As apresentações do Grupo Coração Profundo são reconhecidas por seu caráter educativo, inspirador e transformador. Combinando gêneros musicais como rock, rap, country, EDM, chill e pop a elementos de mágica, comédia, teatro, dança e performances culturais de padrão internacional, o espetáculo cativa o público e reativa o engajamento emocional. Mais do que entreter, oferece uma nova perspectiva sobre a vida no cárcere e sobre o futuro que se pode construir após ele.
A iniciativa reforça o comprometimento da Polícia Penal do Estado de São Paulo com a ressocialização das pessoas privadas de liberdade, reconhecendo a arte e a cultura como ferramentas potentes de transformação social. Com o apoio essencial dessa parceria, o projeto fortalece a política pública paulista voltada ao respeito à dignidade humana e ao incentivo de novas trajetórias, dentro e fora dos muros do sistema prisional.
Cultura como instrumento de ressocialização: reeducandos vivenciam experiência artística única
Polícia Penal de São Paulo e Funap apoiam projeto de impacto internacional