Samuel Bruni - CEPRCENTRAL
O Complexo Penal de Guareí se destaca por uma iniciativa sustentável que une trabalho prisional, responsabilidade ambiental e apoio à comunidade. A ação é fruto da parceria entre os gestores das Unidades Prisionais e o Instituto Ação Pela Paz. O projeto envolve diretamente Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), promovendo ressocialização e capacitação por meio da produção de hortaliças.
Com a implantação de um sistema de irrigação por microaspersão que lança gotículas de água, promovendo uma precipitação mais suave e uniforme do que a aspersão convencional, a Unidade Prisional ampliou sua produção, que atualmente ultrapassa 11 toneladas de hortaliças por ano.
Além de atender grande parte da demanda da própria unidade, o excedente da produção é destinado ao “Clube de Mães” de Guareí, que assiste cerca de 80 crianças, e à Associação Beneficente aos Portadores de Câncer de Itapetininga, fortalecendo ações solidárias na região.
Outro destaque do projeto é o processo de compostagem, que transforma os resíduos orgânicos das refeições do estabelecimento em adubo natural. Isso reduz a produção de lixo, incentiva o trabalho de reciclagem, diminui os custos de produção e favorece o cultivo orgânico com menor uso de nutrientes minerais.
A idealização e o desenvolvimento do projeto foram conduzidos pelo policial penal Aguinaldo Fogaça, cuja atuação foi essencial para a concretização da proposta e mobilização dos parceiros envolvidos.
“Projetos como este demonstram que o sistema prisional pode ser um agente ativo de transformação social. Unimos eficiência técnica, responsabilidade ambiental e solidariedade em uma única ação”, destacou a direção da unidade.
Com esse modelo, o Complexo Penal de Guareí reafirma seu papel como referência em boas práticas no sistema da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.