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Penitenciária de Parelheiros completa 15 anos

Depois de muitas mudanças, estabelecimento penal reúne longo histórico de atuação no sistema prisional

07/02/2025
Foto ilustrativa

Equipe comemora os 15 anos da unidade prisional de Parelheiros

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Sonia Pestana - Coremetro
 
A Penitenciária “ASP Joaquim Fonseca Lopes” de Parelheiros completou 15 anos em 21 de dezembro do ano passado. Apesar do pouco tempo da denominação, a Unidade Prisional, da Coordenadoria de Execução Penal da Região Metropolitana de São Paulo, tem em seus registros um histórico considerável a serviço da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), além da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Tudo começou com a criação da Casa de Detenção de Parelheiros. A unidade era gerida pela SJC e destinava-se à custódia de réus que estivessem respondendo a processos perante a Justiça comum e daqueles que tivessem sido autuados em virtude de prisão em flagrante.

Já em 2000, o prédio foi desativado pelo Governo Estadual e entregue à antiga Febem, hoje Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa). Até 2002 a unidade abrigou adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas aplicadas pelo Poder Judiciário.

Para Cristian Júnior Zago da Silva, diretor geral da penitenciária, o resultado das diferentes gestões formou a base para a organização do estabelecimento penal, como instituição de cumprimento de pena, tão importante para o sistema penitenciário paulista.

Depois disso, o prédio foi incorporado à SAP como Centro de Detenção Provisória (CDP) de Parelheiros. A unidade era responsável pelos presos provisórios do sexo masculino.

Por fim, em dezembro de 2009 a unidade teve sua denominação alterada de CDP para Penitenciária “ASP Joaquim Fonseca Lopes”, destinada a homens em cumprimento de penas privativas de liberdade, em regime fechado.

Trabalho

2008 a 2015 - A transição de CDP para penitenciária ficou à cargo do servidor Odirlei Arruda Lima, o mais novo diretor geral da SAP, na época com apenas 27 anos. Depois de 15 anos, hoje ocupa o cargo de Diretor Geral Adjunto da Polícia Penal.

Na unidade prisional de Parelheiros, Lima encarou o desafio de recuperar a identidade institucional com o corpo funcional e estabelecer um padrão de excelência no serviço de segurança física. Por se tratar de um estabelecimento de movimentação carcerária, a penitenciária chegou a registrar uma média de 400 presos em trânsito por semana, numa média de 1.600 por mês.

2015 a 2020 – Marcos Simioni Júnior foi diretor da penitenciária por quase 5 anos. Sua administração foi pontuada pela educação, sustentabilidade e transformação com vistas à reinserção social dos reclusos.

O projeto Nova Semente destacou-se como um exemplo de união e trabalho coletivo na transformação de espaços internos em oportunidades de aprendizado e produção sustentável. A criação de uma horta para treinamento e capacitação de mão de obra do sentenciado no manejo da horticultura, proporcionou não apenas alimentos saudáveis à população carcerária e aos funcionários, como também contribuiu para o desenvolvimento pessoal e profissional desse indivíduo.

Sua gestão deu ênfase à educação, sobretudo com foco na importância dos estudos para os reclusos quando em liberdade. Outro aspecto importante foi a introdução de oficinas e cursos profissionalizantes.

2020 a 2023 – Apesar de uma breve passagem pela penitenciária, de outubro de 2020 a maio de 2023, Claudinei Teixeira de Souza revela que ficou impressionado pela grandeza da unidade prisional tanto quanto ao aspecto físico como também pela dedicação do corpo funcional. “Manter as ações já existentes e a motivação do grupo de servidores foram os meus maiores desafios, pois como já havia passado grandes gestores na direção da penitenciária eu não poderia deixar o padrão de excelência dos trabalhos diminuírem”, revelou.

Souza relata duas ações que sua gestão deu continuidade: a singela homenagem aos servidores que estavam se aposentando e o processo de automação da penitenciária, que foi encarado como um desafio, dado as intercorrências ao longo do processo. Segundo ele, o apoio de toda equipe de servidores e da automação da Coremetro resultou num ambiente menos insalubre para os presos e mais seguro para os Policiais Penais.

Trajetória profissional

Para o Policial Penal Ronaldo Pedroso, a história da Penitenciária de Parelheiros se funde com sua trajetória profissional. Após passagem em muitas unidades prisionais, o servidor é testemunha viva de todas as transformações ocorridas no estabelecimento penal.

Em 2009, quando o CDP passou a ser Penitenciária, Pedroso revela que tiveram que trabalhar com sentenciados em trânsito do Estado inteiro. Segundo ele, apesar de ser um período muito agitado devido à grande movimentação diária de sentenciados, conseguimos superar essa etapa com união e comprometimento.

Nos 30 anos e 10 meses de serviço penitenciário, Pedroso trabalhou com vários diretores, cada qual com seu perfil; inúmeros colegas, com os quais às vezes era professor e por outras vezes aluno. Hoje é diretor de Portaria e revela que tenta fazer o seu melhor, ser um bom líder e espelho para todos que trabalham em sua equipe, até o dia da esperada aposentadoria.

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