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CDP de Americana debate o tema saúde mental com servidores e planeja criar brigada de apoio emocional

Iniciativa inédita pretende criar uma cultura de escuta ativa 

22/04/2025
Foto ilustrativa

A ação buscou promover um ambiente de trabalho mais acolhedor

Samuel Bruni - CEPRCENTRAL

A direção do Centro de Detenção Provisória "AEVP Renato Gonçalves Rodrigues", em Americana, promoveu, em abril, um encontro voltado ao cuidado com a saúde mental dos servidores. Participaram da reunião os 22 ocupantes de cargos de liderança do estabelecimento penal.

O tema foi escolhido com base nos desafios enfrentados diariamente por quem trabalha no sistema prisional — um ambiente com situações de alta complexidade e que exige equilíbrio emocional e resiliência. De acordo com a direção do CDP, a ação buscou promover um ambiente de trabalho mais seguro, estável e humanizado, com atenção especial ao bem-estar das equipes.

A iniciativa surgiu a partir da participação do gestor da unidade em palestras promovidas pela Coordenadoria de Ensino, Cultura e Pesquisa e pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Inspirado pelas reflexões provocadas nesses encontros, o gestor manifestou o desejo de ir além das ações pontuais — como as campanhas do “Setembro Amarelo” — e incorporar a saúde mental na rotina administrativa da unidade.

Para enriquecer o debate, foram convidadas duas especialistas do TCE: Fernanda Borges Keid, Diretora de Saúde e Assistência Social e idealizadora da Brigada de Saúde Mental, e Lígia Stungis, assistente social. Ambas compartilharam experiências e boas práticas já aplicadas no âmbito do Tribunal, com foco na escuta ativa, no acolhimento e na identificação precoce de sinais de esgotamento emocional entre servidores públicos.

O encontro gerou forte engajamento entre os participantes e despertou o interesse em implantar ações semelhantes no CDP de Americana. Uma das propostas debatidas foi a criação da 1ª Brigada de Saúde Mental da unidade — uma iniciativa que será submetida à análise da direção. A ideia é formar servidores capacitados para atuar como pontos de apoio emocional, com habilidade para identificar sinais de sofrimento psíquico — como alterações comportamentais — e saber quando e como intervir, respeitando os limites institucionais.

“A proposta é que os brigadistas ofereçam um apoio realmente eficaz”, destacou o gestor, reforçando a importância de construir um ambiente em que os profissionais se sintam acolhidos e amparados diante dos desafios emocionais que a função impõe.

A ação representa um avanço significativo na valorização do servidor penitenciário e no reconhecimento das complexidades que envolvem o trabalho nas unidades prisionais. Caso seja implementada, a brigada poderá se tornar referência para outras unidades do sistema prisional paulista.

 

Ao todo, 22 servidores participaram da palestra

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