Tatiane Horie - CEPRNORTE
Entre os dias 8 de setembro e 5 de novembro, 32 Pessoas Privadas de Liberdade da Penitenciária “João Batista de Santana” de Riolândia participam do Curso de Marcenaria Industrial, promovido pela Polícia Penal por meio do Programa de Capacitação Profissional e Implantação de Oficinas Permanentes. A ação integra os esforços do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade, ligado à Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, em parceria com a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap).
A capacitação oferece formação teórica e prática em marcenaria industrial, com foco em padrões rigorosos de qualidade e segurança. O objetivo é promover a qualificação profissional como instrumento eficaz para a reinserção social e a redução da reincidência criminal.
Além de preparar os participantes para o mercado de trabalho, a oficina de marcenaria tem gerado resultados positivos dentro e fora do ambiente prisional. Os móveis e objetos produzidos são utilizados para atender as demandas internas da unidade e também são destinados a ações sociais. A iniciativa conta com apoio do Poder Judiciário da comarca e da Polícia Militar Ambiental, que destinam madeiras e insumos apreendidos para a confecção de brinquedos lúdicos e jogos educativos que são doados para instituições assistenciais.
Para Clayton Guimarães Nogueira, Chefe de Departamento do Complexo Penal de Riolândia, o impacto da ação vai além da formação técnica. “O curso incentiva o autoconhecimento dos reeducandos participantes. Essa é uma ferramenta essencial para a reintegração social, contribuindo diretamente para a diminuição da reincidência e viabilizando a remição de pena por meio da educação”, afirma.
Leivimar Martins dos Santos, Chefe de Divisão da Penitenciária de Riolândia, destaca que a proposta vai ao encontro da missão institucional do sistema prisional. “Garantir que a pena seja cumprida com dignidade, sem abrir mão da segurança e da disciplina, é parte do nosso compromisso. Iniciativas como esta representam uma chance real de mudança de vida, oferecendo aos reeducandos não apenas uma profissão, mas também autoestima e a oportunidade de prover suas famílias de forma lícita após a liberdade”, explica.
De acordo com o Chefe de Divisão, nesse contexto, "a marcenaria industrial, consolida-se como uma ponte concreta entre o sistema penitenciário e a sociedade, abrindo caminhos para que a liberdade futura seja acompanhada de dignidade, capacitação e novas possibilidades".
Mesa produzida por reeducandos durante o curso para uso no estabelecimento penal